Amor perdido~Capítulo 07


Olá galera o/

Desculpem novamente pelo atraso. Esse capítulo foi muito difícil de escrever porque se trata da visão de Phelipe sobre certas situações.

Acho que esse capítulo não é descartável na história pois conta como ele descobriu a doença e como ele se sentiu realmente sobre Bella.

Espero que curtam, boa leitura xD

Me lembro que naquele dia acordei depois de ouvir o ronco do fusca do meu vizinho. Me levantei, fiz minha higiene e desci para o café da manhã. Estava super feliz pois era sábado e eu ia na festa da garota mais gata da sala.
Minha mãe ainda não havia terminado de preparar as panquecas, então decidi ver um pouco de televisão.
– Filho, desliga essa televisão. Você sabe que não tem nada de bom passando. Vem conversar um pouco com a sua mãe.
–Ah, mãe. Conversar sobre o quê? Não quero ouvir reclamações devido ao ronco do carro do senhor Hartford.
–Não é isso.. -Minha mãe tinha uma expressão triste no rosto.
Desliguei a televisão e fui em direção à ela.
–Meu filho, você sabe que eu te amo, certo? - Quando ela começava assim, eu já sabia que coisa boa não era. - Eu marquei uma consulta com o médico, eu ando meio preocupada com sua febre constante..
–Ah, não se preocupe, não é nada. Quando é a consulta? - Eu tinha quase certeza que não era nada, então decidi ir na consulta para que minha mãe não ficasse tão preocupada.
–Segunda de manhã.
–Há, vou faltar na aula!
– Engraçadinho. - A senhora de cabelos negros iguais aos meus me abraçou. -Parece que você está com febre novamente. Vá descansar, Phelipe.
–Não, hoje eu tenho uma festa pra ir.
–Ah, não se esforce muito, tá?
Após terminar, minha mãe me deu um beijo no rosto e subiu as escadas.
O dia passou rápido e nem me dei conta de que já eram sete horas da noite. Tomei um banho e me vesti. Não estava me sentindo muito bem, meus ossos doíam, minha febre parecia ter aumentado e me sentia desanimado. O que estava acontecendo comigo comigo? De uma hora pra outra eu já não me sentia mais disposto. Decidi não ir. Fiquei o fim de semana inteiro em casa.
A segunda demorou para chegar, minha dores tinham aumentado, minha febre não passava e eu estava colocando para fora tudo o que comia.
Eu e minha mãe ficamos esperando por 30 minutos até que fui chamado pelo médico. Ele sugeriu que eu fizesse um exame de sangue e aguardasse o resultado até o fim do dia. Esperamos uma ligação do hospital e nos dirigimos para o mesmo para saber o resultado. Eu não entendia o que aquele médico estava falando, só entendi o que ele queria que eu fizesse mais alguns exames. Acho que isso não é bom.
~~**~~
Depois de uma semana de exames dolorosos, minha mãe foi chamada no hospital. Ela sugeriu que eu ficasse em casa pois não estava me sentindo muito bem novamente.
Nesses últimos dias, minha disposição havia desaparecido e não tive forças para ir à escola. Agora eu sabia que não era só uma gripe passageira, eu nunca tinha ficado uma semana sem sair para me divertir. Eu gostava de beber, ir em festas, pegar garotas. Essa doença estava acabando com a minha vida social.
Decidi tentar comer alguma coisa e desci para a cozinha. Daniel estava deitado no sofá com um balde de pipoca.
– Vai ficar parado me olhando? - O loiro disse jogando uma pipoca em minha cabeça.
– Você sabe se minha mãe já voltou? - Perguntei me dirigindo para a cozinha. - Ela foi chamada no hospital. Parece que o resultado dos meus exames saíram..
– Por que eu deveria saber? Ah, já que você está aí, me traz uma lata de coca.
Ignorando o pedido de Daniel, peguei um pedaço de bolo na geladeira e subi para o meu quarto. Fiz de tudo para que eu não vomitasse, mas não consegui. Decidi tomar um banho para relaxar. Quando saí, ouvi alguém bater na porta do meu quarto.
– Entra!
Minha mãe entrou. Seu rosto estava péssimo, parecia que ela havia chorado.
– P-Phelipe, eu preciso conversar com você... - Sua voz estava trêmula. - Você sabe que fui chamada no hospital hoje.. Descobriram o que você tem.
– E o que eu tenho? Uma gripe severa? Fala mãe!
– V-você tem.. Leucemia. - Depois de terminar, minha mãe começou a chorar.
Eu tinha leucemia? Isso não era verdade! Só pode ser um engano!

– ISSO NÃO É VERDADE!- Desci as escadas o mais rápido que pude e saí de casa. Fui em direção ao hospital.
Eu queria ouvir as explicações do médico. Depois de minutos esperando, o Dr. Stewart resolver falar comigo. Ele me explicou que existem vários tipos de leucemia, que a minha tinha sido descoberta no início e que eu tinha 70% de chance de cura. Eu ia ter que fazer quimioterapia e talvez um transplante.
Perdi o chão nessa hora. Eu considerava todas as possibilidades, mas um pensamento invadia minha cabeça deixando todas as minhas esperanças de lado. Eu vou morrer.
~~**~~
Uma semana depois, eu comecei a fazer quimioterapia. Fiquei quatro horas tomando medicamentos fortes, cheguei em casa debilitado. Não conseguia comer nada, não dormia direito. Minha vida tinha acabado ali.
Me desanimava saber que em um mês eu teria que passar por aquele inferno novamente. Meus cabelos iam cair e eu só ia piorar daqui pra frente. Foi então que meu padrasto teve a ideia de me mandar para um acampamento por uma semana para que eu esquecesse de tudo o que estava acontecendo comigo por um momento.
Quando dezembro chegou, descobri que fui reprovado e teria que fazer o primeiro ano novamente devido a minha ausência no último mês. Confesso que não me abalei muito já que a única coisa que eu estava preocupado nesse momento era a minha doença.
~~**~~
O dia do acampamento havia chegado. Arrumei minha mala, não tinha muita coisa pois eu só ia ficar por uma semana. Desci para o café da manhã e vi minha mãe sentada no sofá. Parecia perdida em seus pensamentos.
– Mãe? - Disse, me sentando ao seu lado no sofá.
– Oi filho, o que houve? - Minha mãe tinha uma voz acolhedora.
– Nada. No que você está pensando?
– Que eu ficarei com saudade de você quando for para o acampamento..
– Mas é só por uma semana.
– As mães não suportam ficar longe de suas crias por um dia...
Fomos interrompidos por Daniel fazendo barulho ao descer a escada.
– Me desculpem por atrapalhar o momento "mãe e filho" ..
– Nossa, você tem o dom de estragar meu dia. - Dei um empurrão de leve no meu meio irmão e fui me sentar à mesa.
O café da manhã foi tranquilo, parecia que todos estavam me tratando bem. Depois de me despedir da minha mãe, meu padrasto me levou até o acampamento.
O lugar estava vazio. Desci do carro e Derick foi embora. Fiquei esperando por 30 minutos e já estava ficando feliz achando que não ia chegar ninguém e que eu poderia ir embora. O calor era escaldante.
Esperei por mais alguns minutos até que me virei e vi uma garota baixa parada em frente ao portão.
–Ai que merda, achei que ninguém viria e que não ia ter acampamento esse verão.. Obrigado, anã de jardim. - Não consegui me conter. Estava morrendo de calor e queria voltar para casa.
A garota parecia confusa e fez um som estranho com a boca. Acho que ela tinha engasgado ou algo assim. Me aproximei para ouvir o que ela tinha para dizer.
–N-não é culpa minha se você escolheu essa droga de acampamento. Se odeia tanto assim, por que não vai embora?
– Cala essa boca! - Quem era ela pra falar daquele jeito comigo? - Você não sabe nada sobre mim.
A garota não respondeu nada e me irritou profundamente. Saí pisando duro em direção à floresta. Andei alguns metros e percebi que ela estava me seguindo. Qual é o problema dessa garota?
Andei até chegar a uma árvore e me virei para encará-la.
– Não vai parar de me seguir?
–Ah, eu não quero ficar sozinha naquela cidade fantasma, Deus sabe o que pode aparecer..
Ela prefere seguir um estranho do que ficar sozinha no acampamento? Tentei manter a minha expressão de durão mas não consegui.
– E você acha que está segura comigo?
A garota pensou por um tempo, parecia indecisa.
– Acho que é mais seguro do que ficar l-lá..
– Não parece que você se sente segura. - Agarrei-a pela cintura para provocá-la. Comecei a rir freneticamente ao ver sua expressão.
– Você realmente acha que eu iria querer algo com você? Olha pra mim, sou alto forte, bonito e perfeito, enquanto você é uma baixinha sem graça. - Isso não era verdade. Seus olhos castanhos de algum modo me deixava inquieto; seus lábios rosados faziam com que eu me segurasse para não beijá-la naquele momento.
– Você não é tão bonito assim. Ah, e só você me acha sem graça. Muitos gostariam de estar no seu lugar, tá!
Dei de ombros e segui em frente. Vi que ela continuava me seguindo e prossegui com um sorriso em meu rosto. Foi então que parei para procurar o caminho de volta. Aquela caminhada já estava me cansando.
– Não vai me dizer que você não sabe como voltar! - Percebi que eu realmente não sabia.
– Eu vou encontrar o cami.. - Parei quando a vi chorando. - Calma, vou encontrar o caminho. Não precisa chorar por uma coisa tão idiota.
– Eu já passei por isso antes e não quero que aconteça de novo! NÃO QUERO! - Depois de terminar a frase, eu a envolvi em meus braços. Não sabia o porquê de estar fazendo aquilo mas senti que devia confortá-la.
– Fica calma, não vai acontecer nada, eu prometo.
Nos sentamos ao pé de uma árvore. Eu estava acariciando seus cabelos quando ela começou a contar o que havia acontecido para que ela tivesse trauma de se perder em florestas.
– Era inverno e resolvi visitar minha vó no interior. Eu lembro que estava muito animada pois eu amava floresta naquela época. Quando cheguei, cumprimentei minha vó e decidi fazer um passeio pelo quintal, foi aí que entrei na floresta por curiosidade e me perdi. Fiquei lá por cinco dias tomando água da chuva e comendo frutinhas. Quando me encontraram, eu estava quase morta..- A pequena começou a chorar novamente.
– Está tudo bem, nada vai acontecer com você, eu não vou deixar.
Minhas palavras pareciam ter a acalmado. Ela deitou sua cabeça em meu ombro e sua respiração começou a ficar mais calma. Logo depois adormeci também. Acordamos e fomos procurar algum lugar para comer e beber água.
O silêncio predominava. Só podia ouvir o canto dos pássaros e o vento batendo nos galhos das árvores.
– Qual seu nome? - Me assustei com a pergunta repentina.
– Nossa, por que tão de repente?
– Ah, só queria saber para te agradecer apropriadamente por ter me ouvido e me confortado na noite passada..
– É Phelipe, e o seu?
– Isabella.
– Hum, Bella. - Seu nome combina com sua aparência. Sorri com meu pensamento. Foi quando avistei um rio. – Olha lá, é um rio. Vamos!
Depois de bebermos água, decidi me lavar. Fiquei um pouco incomodado por ela não ter se virado mas tentei ao máximo parecer tranquilo.
– Nossa, suas roupas estavam escondendo muita coisa ein, Phelipe!
– Me chame de Phel e.. acho que suas roupas também estão escondendo bastante coisa.. - Dei um sorriso malicioso.
Segundos depois, ela tirou a roupa e ficou só de peças íntimas.
– Nossa, eu tinha razão. - Me virei para olhar o sol que acabara de nascer e senti seus dedos sobre minha tatuagem.
– Que lindo..
– Eu sei que sou lindo! - Não conseguia para de provocá-la.
– Cala a boca, príncipe narcisista. Estou falando da tatuagem. - Seus olhos brilhavam contra a luz do sol. Não resisti e a agarrei pela cintura. Nossos corpos estavam irresistivelmente encostados. Eu estava prestes a beijá-la.
– O q-que você tá fazendo?
– Quero ver uma coisa... - Eu não queria ver nada, só queria que nossos lábios se encostassem. Estava quase fazendo com que isso acontecesse quando vi que Bella estava muito assustada, então decidi arrumar uma desculpa para minha atitude. - Nossa, você estava babando. - Comecei a rir para esconder a minha vergonha por ter contado uma mentira tão ridícula. A pequena se soltou de meus braços e podia ver uma mistura de timidez e constrangimento em seu rosto. – O que foi? Só te avisei ué..
– Não teve graça, Phelipe. Você me assustou!
– Você achou que eu ia fazer algo com você?
– N-não, é só que.. - Não consegui me conter ao ver o rosto de Bella corado. Ela estava linda.
Agarrei-a pela cintura de modo que nossos corpos ficaram colados. Estávamos ofegantes e eu fui chegando cada vez mais perto até que nossas bocas se tocaram. Invadi sua boca com a minha língua. Ficamos nos beijando por alguns segundos até que me separei para olhar nos olhos da pequena.
– Que foi? - Perguntou Bella ao ver minha expressão.
– Uau, não achei que isso seria tão.. Quer dizer, você parece tão inocente.. - Novamente a beijei. Aquilo tinha sido tão bom. Me fez esquecer da minha vida fora daquela floresta. Por um momento, desejei nunca sair de lá.
Meus pensamentos foram interrompidos quando senti Bella abaixando minha cueca. Quando ela tocou em meu sexo, soltei um gemido baixo.
– O que você está fazendo? - Não consegui esconder meu sorriso malicioso.
– Só fica quieto, tá.. - Percebi o quanto ela estava nervosa e uma expressão mais séria tomou conta de meu rosto.
Eu a beijava com mais voracidade enquanto tirava seu sutiã e sua calcinha. Me afastei para olhá-la. Bella estava maravilhosa e era só minha naquele momento.
Nos deitamos na margem do rio. Comecei a beijar seu pescoço. Meu pênis estava ficando cada vez mais ereto.
– Posso..? - Perguntei com a boca perto de seus ouvidos.
Bella acenou positivamente com a cabeça e gentilmente coloquei meu órgão dentro dela. Não queria machucá-la pois estava na cara que ela era virgem.
A sensação era maravilhosa. A pequena soltou um gemido alto e fez com que eu começasse a dar estocadas fracas. Sua vagina estava ficando cada vez mais apertada e eu podia sentir o orgasmo chegando a medida que eu aumentava o ritmo.
– O qu..- Bella parecia nunca ter sentido algo assim. Sua respiração estava cada vez mais rápida, seu corpo tremia embaixo do meu. Ela estava tendo seu primeiro orgasmo.
Segundos depois eu cheguei ao ápice e caí sobre ela.
– Eu senti que você era.. Por que você quis dar o seu bem mais precioso para mim? - Minha pergunta repentina fez com que Bella se mexesse um pouco embaixo de mim.
– Eu não sei, só.. achei que deveria ser seu meu momento mais precioso. - Seu sorriso me encantava. A beijei.
– Eu sei que é muito cedo para dizer isso, mas.. acho que estou gostando de você.. - Nunca disse uma frase tão verdadeira quanto aquela.
Quando terminei de falar, Bella parecia emocionada e começou a chorar. Não sabia se era por termos feito amor ou pela minha declaração. Deitei minha cabeça sobre seu peito e ficamos ali até anoitecer.
~~**~~
A temperatura abaixou e decidi acender uma fogueira com meu esqueiro.
– Você fuma?
– Não, não. Eu guardo um esqueiro no bolso da camisa para que eu possa usar em situações como essa. - Minha resposta foi irônica. Eu fumava desde a oitava série.
Parecia que Bella ia rebater minha brincadeira mas foi interrompida por um ronco alto de seu estômago.
– Desculpa, é que eu não como faz dois dias.. - Ela parecia estar constrangida. Por que as garotas ficam envergonhadas por tudo?
– Você consegue esperar até amanhecer? Não iremos encontrar nada nessa escuridão.
– Tudo bem.
Eu a envolvi em meus braços e adormecemos rápido. Quando amanheceu, fomos em busca de algum alimento. Achamos uma goiabeira e Bella não exitou e pegou um fruto. Ela comia como se essa fosse sua primeira refeição em anos. Depois da pequena comer, também resolvi me alimentar nem que fosse um pouco. A goiaba estava horrível mas, na situação em que estávamos, não podíamos escolher.
Continuamos caminhando em busca do caminho de volta quando ouvimos vozes e passos por detrás das árvores. Logo depois, dois guardas florestais apareceram. Explicamos o ocorrido e eles nos guiaram para fora daquele lugar. Fui na frente com o guarda mais baixo e Bella foi mais atrás com o outro. Eu estava perdido em meus pensamentos. Minha vida ia voltar a ser o que era antes. Foi então que me dei conta de que eu deveria esquecer o que havia acontecido. Não queria arrastar Bella para os meus problemas, eu queria que ela fosse feliz e desse vários daqueles sorrisos que me faziam perder o fôlego.
Seguimos de carro até a cidade e liguei para minha mãe. Meu padrasto, Derick, estava indo me buscar.
Eu fiquei esperando até que a mãe de Bella chegou e, logo em seguida, meu padrasto. Antes de entrar no carro, olhei de relance para a garota que tinha me feito esquecer dos meus problemas por alguns dias, a garota que me fez ter esperança novamente. Não me despedi, só entrei no carro e segui viagem até meus problemas.

escrita por NYA




7 comentários:

  1. OIii, esqueceu de nós!?! cadê os capítulos já tem 02 atrasado???
    BjOss

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    1. Oii amor, não esqueci, aliás já até postei no Nyah!

      Estou com um probleminha para postar no blog porque estou sem pc e acho mais fácil postar lá xD

      É só clicar no NYA no final desse post e você será encaminhada o/

      Bjbj

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  2. Cara devo ser a mais chata de todas... mais quando vc vai continuar!?!
    BjOss

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    1. Esses meses estão sendo muito puxado e não tive tempo para postar, mas já tenho os dois últimos capítulos prontos >____<

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  3. Quase que morri quando entrei e nao vi o cap.8. Só que como eu ia comentar, fui dar uma bizoiada nos outros comentários :3 kkk' Nao sou curiosa, ok? kk'.

    Mas bem, eu ja li o 8 e to amando sua fic. Ia comentar os outros capitulos, mas a vontade de ler foi maior. KK.

    Kisu, parabéns.

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    1. Oooi, obrigada \o/
      A fic tá muito desatualizada pois ando meio ocupada, mas pretendo retomar as atividades do blog e irei postar os dois últimos capítulos *u*

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