You Know My Name?

Notas iniciais do capítulo

Alguém lê isso? (espero que sim)
Escrevi isto de madrugada pois estava sem sono, espero que tenha ficado boa. Como vocês puderam notar a unica personagem é a Lucy, estranho? Nem tanto pois como não queria rotular um casal ou algo assim preferi deixar pela preferencia de vocês.
Lucy x Natsu
Lucy x Rogue
Lucy x Gray
Lucy x Sting
Entrem outros...fica a critério de vocês decidirem sobre o "casal" e os demais personagens.



Eu queria toca-lo, queria estar perto dele, queria alcança-lo, mas eu tinha noção que isso nunca aconteceria, pois vivíamos em mundos diferentes, muito diferentes, enquanto eu era uma mera empregada ele era o filho do rei, não sei por quanto tempo vou aguentar estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe de você, convivendo com sua indiferença, tendo consciência que nem meu nome você sabe.
–Com licença.
Disse ao entrar em seu quarto para levar-lhe um recado de seu pai.
–Entre.
Abri a porta de forma lenta para fazer o menor barulho possível, pois eu sei o quanto você odeia barulho e ser perturbado, não sei apenas isso eu sei isso e muito mais, eu me atrevo a dizer que te conheço melhor que você mesmo, ou do que seu pai.
–Seu pai quer lhe ver em seu escritório imediatamente.
Você apenas acenou com a cabeça para logo se erguer e caminhar em minha direção, sinto meu coração acelerar em expectativa porem você apenas passa reto por mim, provavelmente para ir ter com seu pai, fico um tempo parada ainda olhando para aquele quarto vazio, aspiro profundamente o cheiro de perfume amadeirado que provinha do mesmo, andei até sua cama me pondo a arruma-la, claro não sem antes aspirar o cheiro que saia das almofadas, depois de meu serviço feito vou fazer meu trabalho no restante do palácio.
É fim de tarde e estou enfurnada em meu quarto, havia acabado com meu trabalho mais cedo que o esperado, e agora estou aqui sentada a olhar pela janela sua silhueta a andar de cavalo pela planície de seu “jardim”, só consegui pensar em uma coisa, no quanto você ficava lindo montado naquele animal de cor branca, um verdadeiro príncipe, quem dera eu fosse a princesa que seria salva por você como nos contos que eu tanto lia, dei uma risada irônica com esse pensamento, pois se tinha uma coisa que eu estava longe de ser era uma princesa, a menos que as princesas usem roupas de terceira ou quarta mão e limpassem banheiros e afins, o que eu duvido que façam.
Meus dias se resumem basicamente nisso, em cumprir com meu trabalho e te observar sempre de longe é claro, não tenho coragem o suficiente para me aproximar muito menos para dizer-lhe meu nome, porem em um dia especifico minha rotina foi mudada, fui acordada pela empregada que dividia o quarto comigo a qual era a única que sabia da minha paixão platônica pelo filho do rei, ela não me explicou muito coisa, disse apenas que teríamos visitas e que a mesa devia ser posta o quão rápido possível. Corri afoita por corredores até chegar à sala de jantar que em menos de quinze minutos estava impecável, foi então que eu pude ouvir vozes e uma delas me era desconhecida.
–Princesa por aqui.
–Obrigada você é muito gentil.
La vinha você belo como sempre porem não estava sozinho, mas sim acompanhado por uma linda jovem, não sei como as princesas dos livros que eu lia eram, mas sem duvidas eram parecidas com ela, eles degustaram a refeição de forma calma, hora ou outra parando para conversarem enquanto eu estava parada ao lado, encostada na parede assim como os demais empregados apenas esperando alguma ordem, ordem essa que não demorou a chegar.
–Você, leve a princesa para os aposentos ao lado do meu.
Disse apontando para mim, claro para o jovem príncipe meu nome era “você”. Apenas assenti e me pus a guiar a jovem princesa entre escadas e corredores.
–Aqui.
–E esta esperando o que para ir buscar minhas malas?
Arregalei um pouco meus olhos, pois ela se dirigiu a mim com um tom de voz ríspido, totalmente diferente daquele usado na mesa com o jovem príncipe, mas eu nada podia dizer apenas fiz uma reverencia e caminhei para o andar inferior onde estavam localizadas as malas da jovem, que devo acrescentar eram muito pesadas tive certo trabalho, mas enfim consegui levar todas.
Os dias foram passando e com o tempo eu fui informada por minha colega de quarto que aquela jovem bonita era sua prometida, não preciso dizer o quanto aquilo me afetou, agora eu já não tinha tantas ganas em ficar olhando-te, pois sei que minhas chances que antes eram de uma em uma milhão se transformaram em zero. Sempre que te via, você estava acompanhado pela jovem que era muito educada e refinada porem apenas em sua frente.
Ela estava hospedada no palácio há duas semanas e nessas duas semanas eu já pude ouvir mesmo sem ter a intenção barulhos que provinham do seu quarto, eu podia ser ingênua para com muitas coisas, mas eu sabia o que estava se passando dentro daquelas quatro paredes, foram noites difíceis às quais passei chorando, minha colega de quarto já não aguentava me ouvir chorando e me confortar por algo que ela dizia que era “besteira” então ela apenas virava as costas e dormia.
Estava no jardim a cuidar das rosas quando vejo a jovem princesa caminhando com aqueles vestidos belos, acompanhado de um salto alto e uma sombrinha nas cores rosa e lilás.
–Você, venha aqui.
Disse chamando-me com a mão, abandonei meu serviço para lhe atender.
–Sim.
Você nada me respondeu apenas levou sua mão coberta com um belo par de luvas até meu rosto me estapeando, com o impacto acabo por me desequilibrar quase indo de encontro ao chão.
–Acha que eu não vi o jeito como olhas para meu esposo seu lixo.
–Senhorita eu não sei do que estas a falar.
Tentei sair daquela situação, pensei que ela não gostava dos empregados, mas agora sabia que ela não gostava na verdade era de mim.
–Não se faças de tonta, irei pedir para que lhe demitam imediatamente, só podes ser alguma espécie de alienada para achar que ele ia querer algo com alguém como você.
E deu-me as costas me deixando ali sem reação. Eu seria demitida, uma coisa boa é que minha agonia de ver-te sempre ao lado dela, e ainda por cima ser enganado não seria mais um problema.
Depois desse fatídico incidente fui informada por minha colega de quarto que no dia seguinte eu teria que ir-me embora, estranhei o fato de não ser mandada imediatamente, porem nada disse pois ao menos eu teria um lugar para dormir. Naquela noite assim como as demais ouvi os barulhos vindos do seu quarto, porem não me preocupei, pois sabia que essa seria a ultima noite, só não esperava que fosse a ultima noite literalmente.
Em meio à madrugada acordo assustada com barulhos vindos do lado de fora, corro de forma exasperada para perto da minha colega de quarto que assim como eu tinha sido acordada pelos barulhos.
–O que esta acontecendo?
–Não sei.
Corri para perto da janela olhando por entre as frestas podendo ver um clarão, abri lentamente a mesma para me deparar com o vasto jardim ardendo em meio às chamas, sim estávamos sendo atacados.
–Temos que sair daqui.
Minha colega me puxou pela mão e assim saímos correndo pelos corredores que estavam repletos de soldados armados se dirigindo para as portas principais do palácio, chegamos enfim as escadas podendo vislumbrar do alto da mesma o cenário de guerra que se encontrava no andar inferior, soldados se golpeando de forma impiedosa, vários já estavam sem vida, mas os demais pareciam não se importarem muito com isso, continuavam suas batalhas passando por cima dos corpos inertes no chão, aquilo me causou uma reviravolta no meu estomago, fui obrigada a me curvar para poder vomitar a pouca comida que tinha ingerido aquele dia. Limpei as pequenas lagrimas que se formaram no canto dos meus olhos para logo olhar para a batalha e ter a surpresa de encontrar-te no meio dos soldados.
–Lindo.
Sim de fato você estava lindo com aquela armadura reluzente, não ligava para o fato de seu rosto estar marcado pelo sangue que eu sabia que não era seu.
–Temos que ir.
Minha colega tentou me arrastar, mas eu me neguei a deixar aquele cenário de horror, eu não podia sair dali sem ter a certeza que você ficaria bem, foi então que tomei minha decisão, soltei minha mão do aperto da mão de minha colega.
–Pode ir, vá para longe daqui.
Ela nada disse apenas me deu um abraço apertado para logo sair correndo, provavelmente sairia pela cozinha que daria para a porta dos fundos que eu rezava para estar vazia. Continuei ali a encarar a batalha vendo você bravamente golpear um, dois, três, quatro, foram tantos que eu perdi a conta, sem duvidas você era muito melhor que os soldados que estavam ali, muitos deles tinham você como fonte de inspiração, estava explicado o motivo, foi então que vi você ser golpeado no braço, me apoiei na barra da escada cravando minhas unhas curtas na madeira.
–Não.
Sussurrei para mim mesma, porem você se ergueu e voltou a lutar bravamente, meus olhos já estavam marejados.
Foi tudo muito rápido, só pude ver um dos soldados que provavelmente estava morto levantar empunhando uma adaga, ele iria golpear-te pelas costas, eu não poderia deixar aquilo acontecer, tão rápido quanto notei o que aconteceria meus pés levaram-me até você e eu já estava entre você e o soldado recebendo o golpe em seu lugar, você parecia não ter notado, pois continuou gladiando com o soldado que estava em sua frente, quando acabou por golpear fatalmente o soldado ao qual lutava pode enfim se virar em minha direção. Nada foi dito, suas feições já diziam tudo, você estava chocado.
–O que você fez?
Não me perguntou, mas sim para o soldado que permanecia segurando a adaga encravada em meu estomago, foi então que em menos de um minuto o soldado que me atingira teve sua cabeça decepada perante meus olhos fazendo assim com que seu sangue respingasse em meu rosto me fazendo provar o gosto metálico que aquele liquido possuía.
Você se virou em minha direção, segurando meu corpo que não sei em qual momento tinha caído ao chão.
–Você vai ficar bem, não se preocupe.
Sabia que aquilo não era verdade, eu sabia que aquilo não era um conto de fadas aonde eu iria me curar e você perceberia que me ama e viveríamos felizes para sempre, ó não isso não aconteceria, tossi para me livrar do sangue que estava em minha boca, a batalha continuava, estávamos ganhando, mas ainda haviam soldados inimigos de pé, a vitória ainda não tinha chego.
Meus olhos começaram a pesar, eu estava ficando com muito sono.
–Não feche os olhos, continue olhando para mim.
Eu queria muito te obedecer, assim como obedeci por todos esses anos, me desculpe por não poder obedecer dessa vez.
Meus olhos estavam ardendo, ah sim eu conhecia aquela ardência eu estava chorando, mas não era só eu, você também estava chorando, eu não entendia o porquê disso estar acontecendo, eu não quero ver você chorando, por favor, não chore por mim.
–Não...cho...re.
Ergui minha mão pousando-a em sua face suja de sangue limpando as lagrimas que abriam caminho por entre a imensidão carmesim.
–Nã..o ch..o..re.
Você apenas balançou a cabeça de forma lenta enquanto segurava firmemente minha mão a mantendo em contato com a pele de seu rosto, tudo estava ficando turvo, você estava estranho, estava se transformando em um borrão, ó não, não suma, eu preciso ver você, por favor, Deus se você existe dei-me mais um tempo.
–Não...NÃO DURMA LUCY.
Se eu pudesse teria arregalado os olhos, porem não conseguia, então apenas dei um sorriso para então me entregar de vez a escuridão, levando comigo um ultimo pensamento.
–“Você sabia meu nome”.


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e sim eu sou incrivelmente dramática em minhas Fanfics.
Deixem comentários seja elogiando ou criticando.

escrita por Sweet Luh


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