Desculpe-me - Fanfic

Notas iniciais do capítulo

Alguém lê isso? (espero que sim).
Escrevi isto em uma tarde qualquer e hoje folheando meu caderno acabei por encontra-la, espero que tenha ficado boa.
Como vocês puderam notar essa Fanfic não tem nenhum personagem definido, estranho? Nem tanto, pois como não queria rotular um casal ou algo assim preferi deixar pela preferencia de vocês, pois algumas vezes, (ao menos no meu caso), eu estou lendo alguma Fanfic e acabo por me desanimar ao notar que o casal não é um de minha preferência, resultado? Paro de ler a mesma e vou procurar outra.

FICA A CRITÉRIO DE VOCÊS DECIDIREM SOBRE O "CASAL" E OS DEMAIS PERSONAGENS.



Dói perceber o quanto algo tem valor depois que o perdemos, dói perceber o quanto podemos ser infantis, dói olhar para frente e encarar o vazio e gritar em plenos pulmões "Me permita começar de novo". Mesmo tendo consciência que esse pedido nunca se realizaria.
Ainda lembro-me de seu rosto pálido mesclado com aqueles seus óculos fundo de garrafa, ao qual sempre me utilizei para lhe importunar, ó sim aquele era meu divertimento nas horas vagas, de nada você tinha culpa, não tinha culpa da minha vida ser um saco, de meus pais terem morrido você não tem culpa de nada, mas a meu ver eu precisava de alguém para culpar e adivinha, essa era você.
Ainda hoje me arrependo das coisas que eu te disse, ainda hoje procuro seu perdão só não sei como posso consegui-lo.
–Garota... Você.
Aquele maldito dia, aquele maldito dia ao qual fiz algo que não me imaginaria fazendo, muito menos com você.
–Eu?
Aquela cara de quem não esta entendendo nada, mas não me surpreende até eu no seu lugar ficaria assustado, visto que eu só lhe dirigia a palavra para lhe ofender ou algo do gênero.
–Isso, venha cá.
Você pareceu hesitar, eu hoje falaria apenas para você correr, para se afastar de mim, para não confiar naquele que sempre lhe distratou, porém você era boa de mais para guardar qualquer tipo de rancor, ó sim você era boa de mais para um mero demônio como eu.
Você foi se aproximando, não percebendo meus dois "amigos" escondidos atrás das portas que davam para o deposito do ginásio.
–"DROGA"
Não adiantava hoje eu me amaldiçoar por uma coisa que eu já tinha feito, se existia uma hora para eu me arrepender de algo, essa hora tinha sido a um ano atrás.
–S..sim
Aquele seu jeito de sempre gaguejar quando falavam com você.
Apenas dei um sorriso, para logo agarrar-lhe os pulsos puxando-lhe para dentro daquele quarto escuro.
–Não é que ela te obedeceu?
–Eu disse que isso seria incrivelmente fácil.
Só Deus sabia o quanto aquilo era difícil e o quanto hoje isso é insuportável.
–Vamos logo com isso, antes que o professor venha
–O...o...que?
Seus olhos, á aqueles olhos, me desculpe por fazer-lhes perder o brilho, desculpe-me por fazer-lhe chorar e principalmente desculpe-me por fazer-lhe confiar em mim algum dia.
Sorrisos maliciosos, rostos distorcidos pela maldade, rostos espumando em más intenções.
–Logo verá.
Maldita aposta, maldita mania de perseguição, maldita submissão para se estar em um grupo.
Desculpe-me por aquilo mesmo sabendo que não mereço seu perdão, perdoe-me por ter lhe abandonado jogada nua naquele chão gelado, desculpe por não ir ver se estava bem, por não ter impedido aquilo, me desculpe-me por ter sido covarde.
Semanas chegaram e se foram, ninguém lhe via no colégio, ninguém lhe via me lugar nenhum e eu como um relhes rato me escondi, fingindo-me de desentendido quando me perguntavam algo, afinal porque perguntavam para mim?
Mal sabia eu que tinham lhe visto em minha companhia aquele dia, mal sabia o que estava para acontecer.
Anos de opressão, anos de humilhação quem poderia imaginar que estavas prestes a explodir, quem imaginaria que eu, EU, apertei o gatilho de teu detonador.
Não posso pedir-lhe desculpas, mas peço que ao menos me escutes que sinto muito.
Mais semanas chegaram e passaram, folhas do calendário iam ao chão, assim como minhas esperanças de que você voltaria a escola e agiria como se nada tivesse acontecido. Sim volte, mesmo que eu soubesse que não seria a mesma coisa.
Um ano se passou, e cá estamos nós a comemorar o ano novo, sorrisos falsos trocados, falsas lagrimas derramadas e falsas promessas feitas, e eu? Ó não eu não estava no meio dos mesmos, preferi ficar aqui com você.
–Esta sentindo?
O quão tonto eu podia ser por ainda esperar uma resposta sua, o quão iludido eu era por imaginar que um dia ouviria palavras saírem de sua boca de forma gaguejada, o quão infantil eu fui e sou por achar que tudo se resolveria com um simples...
–Desculpe-me
Não, cansei de lhe pedir desculpe, me culpe, me mande para o inferno para que assim eu possa ter paz. Um sorriso irônico se desenha em minha face
–Paz? Que paz eu mereço?
Ouço ao longe os fogos, olho por entre a janela vendo a imensidão negra que era o céu ser cortado pelas luzes dos fogos, pude ainda escutar os gritos de animação das pessoas.
–Feliz ano novo
Deixo uma lagrima me escapar pelo canto dos olhos, ao fitar-lhe. Ó enganam-se aqueles que pensavam que estavas morta.
Fitei-lhe os olhos opacos...
–"Souberam? encontraram aquela menina, parece que ela tentou se matar, mas as empregadas a acharam a tempo".
A tempo de que? A tempo de deixares tu nessa cama, sendo controlada por maquinas? Ou a tempo para que eu poça olhar-te sempre e viver a eternidade a pedir-lhe que me perdoe?
–O horário de visitas acabou rapaz.
Olhei de imediato para a enfermeira parada a porta, a mesma deu um pulo no lugar, não é de se admirar, eu estava acabado.
–Vá embora daqui, e nos deixe.
Voltei a encarar-te. Vi a enfermeira se distanciar e gritar algo que eu não soube o que era, mas logo soube ao ser agarrado por dois seguranças.
–NÃO, ME LARGUEM, ME LARGUEM, NOS DEIXEM.
Segurava-me fortemente em sua mão, eu te deixei antes, não deixarei isso acontecer agora.
Não tinha forças para combater aqueles dois, não comia a não sei quantos dias. Fui forçado a sair de lá tendo como ultima visão seu rosto e...
–ELA SE MEXEU, ME SOLTEM ELA SE MEXEU.
–RETIREM ELE DAQUI AGORA.
–EU TE AMO, ESTA OUVINDO?
–LEVEM ELE DAQUI ELE ESTA LOUCO.
Não eu não estava louco, você se mexeu, eu vi. Mas depois deste dia não pude ver-te novamente, o motivo? Parece que você finalmente desistiu de lutar.
–"Você soube? Aquela menina que chegou aqui há um ano? Finalmente ela parou de sofrer e pelo que parece morreu sorrindo".


Notas finais do capítulo

Sim sou a rainha do drama, se alguém leu minhas outras fics sabe que sempre mato alguém, (síndrome de serial killer), mas espero que tenham gostado, vou continuar revirando meu caderno para ver se acho mais alguma.

escrita por Sweet Luh


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