Capítulo 08
Segunda demorou para chegar. Meu fim de semana foi horrível e não podia parar de pensar sobre tudo o que tinha acontecido.
Me vesti com roupas quentes pois estava frio e saí sem tomar café.
Estava a caminho da escola quando o carro de Gabi parou ao meu lado.
- O que houve? Você tá parecendo um zumbi.
- Ah, oi Gabi.
- Então.. Eu queria te perguntar uma coisa.. - Eu nunca tinha visto Gabi tão envergonhada antes.
- Fala.
- Você sente alguma coisa pelo Daniel?
- Não, por qu.. Não vai me dizer que..
- Eu não parei de pensar nele o fim de semana inteiro, Bella. - Ela agarrou minhas mãos - Você pode me ajudar?
- NÃO. De jeito nenhum eu vou te ajudar com aquele idiota!
- O quê? Como assim?
- Ele não é uma boa pessoa, Gabi..
- Tudo bem, já entendi. Você não quer me ajudar.
- Não é isso..
- Sabe qual é o seu problema? Você só pensa em você mesma. Sempre é assim! O mundo gira em torno da Isabella e ninguém mais é importante!
- Você está pegando pesado agora. Se eu não quero te ajudar com o Daniel, é porque tenho motivos para isso.
- Não se faça de sínica, você deve estar afim dele. Quer saber, vou me virar sozinha. - Eu não tinha mais nada para falar. Minha amiga estava duvidando de mim e isso era o bastante.
Abri a porta do carro ainda em movimento e desci.
~~**~~
Não demorou muito para que eu chegasse na escola. Estava transtornada.
- Está tudo bem? - Me assustei ao sentir uma mão em meus ombros. Era Phelipe.
- Está sim..
- Você não parece bem. - O moreno me puxou e nos sentamos em um banco na frente da escola. - Agora me conta.
- Briguei com a Gabi.
- Por quê?
- Nada demais.. - Eu não queria falar o motivo pois não queria preocupá-lo à toa.
- Hum.. Então vamos sair hoje. Não quero te ver triste. - Phelipe estava com um sorriso maravilhoso.
- Mas e a escola?
- Ninguém vai perceber. Vamos?
~~**~~
Primeiro fomos ao café perto da escola. Comemos bolo e conversamos um pouco. Depois Phelipe decidiu me levar a uma praça até o cinema abrir.
- O dia está lindo, né? - Ele olhava para o céu. Sua expressão estava uma mistura de felicidade e tristeza.
- No que está pensando? - O moreno se virou para mim e olhou em meus olhos.
- Em você. - Meu rosto ardia. - Você fica linda quando fica envergonhada. - Phelipe sorriu.
- E você fica lindo quando sorri. - Sua mão pegou a minha.
Seus olhos estavam brilhando. Íamos chegando cada vez mais perto, mas fomos interrompidos por Daniel.
- Olha só que casal mais lindo. - Disse o loiro batendo palmas.
- Sai daqui Daniel! - Eu disse ao ver que Phelipe estava irritado.
- Essa é uma praça pública..
- Você não ouviu ela? SAI DAQUI! - Disse o moreno ao meu lado.
- Nossa, que agressividade. Acho que vou indo mesmo. Até, Bella. - Ao terminar a frase, Daniel jogou o café que estava em suas mãos no meu casaco.
Tive que segurar Phelipe para que uma briga não se formasse ali.
- Está tudo bem. Deixa ele ir. - Disse em tom de súplica.
- Você está toda molhada. Com esse frio, vai acabar pegando uma gripe. - Ele tirou seu casaco e colocou em volta de mim.
- Não, Phelipe. Você vai passar frio.
- Não vou não. - O moreno me abraçou e ficamos ali até dar a hora do cinema abrir.
Phelipe queria assistir um filme de ação mas o arrastei para ver um romance. O filme não era bom mas, passar um tempo com ele estava sendo a melhor coisa que tinha me acontecido nos últimos dias. Quando a sessão terminou. fomos a um parque que havia sido inaugurado há pouco tempo.
- Quer alguma coisa? - Disse ele ao parar em uma barraca de doce.
- Quero um algodão doce.
- Ok. Me espera aqui que já volto.
Fiquei encostada em um poste de luz. Phelipe estava demorando demais, então resolvi me enfiar no meio da multidão para tentar encontrá-lo. Foi quando esbarrei em um homem um pouco mais alto que eu.
- Me desculp.. - Parei de falar quando vi quem era. O cara que tentou me estuprar estava parado na minha frente com um sorriso malicioso.
- Olha só quem está aqui. - Ele agarrou meu braço. - Que tal continuarmos o que estávamos fazendo o outro dia?
- Me solta!
- Você não ouviu? - Phelipe apareceu atrás do homem.
- Tá, desculpa. - Meu braço foi solto e o cara foi embora cambaleando.
- Você está bem?
- Sim, ele não fez nada comigo.
- Acho que já tivemos muitas surpresas desagradáveis por hoje. Vamos pra casa.
- Mas eu não posso. É horário de aula ainda..
- Então vamos para a minha casa.
~~**~~
Durante o trajeto, Phelipe pegou minha mão. Parecíamos um casal. Chegando em sua casa, fomos direto para o quarto do moreno.
- Bom, fique à vontade. - Disse ele tirando os sapatos. Fiz o mesmo e me joguei em sua cama.
- Ei! Você é bem folgada.
- Você disse para eu ficar à vontade. - Phelipe começou a fazer cócegas em mim. Já estava sem fôlego quando ele parou e se deitou ao meu lado.
- No que você está pensando agora?
- Em como estou desconfortável quase caindo da cama. - Ele se virou pra mim sorrindo. - E você?
- Estou pensando em um chato que está quase caindo da cama. - Disse, acariciando o rosto do moreno.
Nossos rostos estavam a centímetros de distância. Quando chegamos mais perto, pude ouvir um "eu te amo" em forma de sussurro, então nos beijamos.
- Eu senti falta disso. - Disse Phelipe ao me puxar para mais perto. Sem perceber eu já estava em cima dele.
Suas mãos estavam em meu quadril e pude sentir sua ereção. Fomos tirando nossas roupas até estarmos completamente nus.
- Eu te amo como nunca amei ninguém, Bella- Disse o moreno acariciando meu rosto.
- Eu também te amo, Phelipe.
- Eu te amo como nunca amei ninguém, Bella- Disse o moreno acariciando meu rosto.
- Eu também te amo, Phelipe.
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